Retalhos de Poesias
Kim Walachai.
O título do primeiro disco da jovem paulista Kim
Walachai, retrata o amadurecimento conquistado com o tempo, no decorrer
dos anos, e das influências absorvidas durante a juventude.
Aos 13 anos, a garota que passava meio desapercebida
no colégio, começou a sussurrar pequenos textos, pelos corredores e ruas
de seu antigo bairro, em Sorocaba, interior de São Paulo (cidade natal
da compositora).
De lá pra cá, os versos foram tomando forma e criando
melodia. Mas foi aos 19 anos (ao ganhar seu primeiro violão) que
escreveu sua primeira composição, "Crise Existencial". Música que
rapidamente, ficou conhecida por familiares e amigos, até cair nas redes
sociais e assim, dar vida a artista "Kim Walachai".
No ano de 2009, com mais dois amigos, Ariadny Theo e
Leonardo Bocci, Kim passa a fazer parte da "Banda Calea". Grupo este,
que contava com voz, violão, bongô, gaitas e colheres. No mesmo ano, a
banda arriscou-se num Festival de Inverno, promovido por um estabelecimento local. Onde
apenas músicas autorais eram aceitas. A partir deste
momento, a cidade começou a conhecer as letras e músicas criadas pela
artista. Durante 3 meses, várias bandas passaram por lá, e para surpresa
de todos, a "Banda Calea" foi pra final, ficando entre os primeiros
colocados! Apesar do excelente retorno do público, a banda não teve vida
longa, e deixou a estrada depois de um ano de formação.
No decorrer do tempo, Kim Walachai continuou compondo
e divulgando suas músicas, através das redes sociais. Com gravações
caseiras, de pouca qualidade de áudio, porém com letras verdadeiramente
fiéis às vivências da cantora.
Em 2011, acontece a primeira grande oportunidade na carreira da Kim.
A banda de um amigo, fica sem vocalista no meio de um
festival de talentos. Onde a finalidade, era apresentar composições
autorais. Então, no meio do festival, Kim assume os vocais, leva suas
próprias canções ao palco e ainda, dá novo nome a banda, onde passa a chamar-se "Banda Kim Walachai".
A Banda Kim Walachai, ganha performance e
reconhecimento! A cada apresentação, um passo à frente no festival e
mais uma vez, Kim com o novo grupo, estava na final! Com o resultado,
ganharam
a gravação de uma faixa "Criatura", música que
passou a ser um marco na carreira da compositora. Já no início de 2012,
veio a difícil decisão - mudar- se, ou não - de cidade. Por razões
pessoais, a jovem cantora decide trocar de região, indo morar em Belo
Horizonte, a capital mineira. Deixando alguns planos de lado, e com
pesar, 'abandonando' a música e o grupo de que fizera parte.
Depois de já instalada em BH, com novos projetos em
mente. No meio de 2013, Kim retoma a vida artística e volta a cantar.
Desta vez, em carreira solo. Com violão e voz, apresentando-se
em bares e restaurantes da região. É também neste ano, que de maneira
'quase que artesanal' (como ela mesma diz), grava seu primeiro disco,
intitulado "Retalhos De Poesias".
O Disco
Gravado e produzido de forma independente. Com
lançamento virtual no dia 01 de Novembro de 2013, data escolhida em
comemoração ao aniversário de seu irmão. É um projeto experimental, com
músicas inéditas (todas composições da própria Kim), desconhecidas do
público que acompanha sua carreira (exceto "Criatura" e "Vagalume",
música esta que ultrapassou 7 mil visitas do site
SoundCloud).
Com baixo recurso financeiro e poucos instrumentos, o
CD conta com 10 faixas. No mesmo dia do seu lançamento, a cantora lança
mais dois singles (estão disponíveis na sua página no site SoundCloud),
a "Sombra Do Passado" e "Já Fiz De Tudo Nessa Terra", que Ela chama de
"faixas bônus", por terem sido gravadas na última semana do disco e por
terem exclusivamente violão e voz, sem produção!
As canções foram gravadas na própira casa da Kim em seu estúdio caseiro, (exceto "Criatura" que foi gravada em Sorocaba-SP
no estúdio B.MIX e tocada por seus antigos companheiros de banda) e na
casa de mais dois colegas, que participaram da gravação de "Primavera".
Tendo também, a participação de Rodrigo Confraria, (antigo
percussionista da Banda Kim Walachai) na faixa "Bora Todos TerezaR".
A ideia principal, era fazer um projeto intimista,
quase que 'ao vivo', sem corretores de voz, com violão baixo, como se
fosse tocado na hora para o ouvinte!
"Quero que as pessoas ouçam no CD, o que irão ouvir nos shows!
Nada de truques, nem afinadores de voz!
Tem que conhecer o cansaço da voz, a respiração ofegante e o amor sussurrado aos ouvidos."
Diz Kim Walachai, sobre evitar plugins de voz!
Com letras de cunho social e pessoal, a jovem de 24
anos, expõe feridas e revela medos, anseios e sonhos. Canta ao mundo
suas dores, seus risos e amores. E ainda, é claro, fala de cada uma de
suas poesias (que são pessoas, pelas quais, passaram e se instalaram em
sua vida).
No disco, além de cantar e compor, Kim toca o violão
na maior parte das faixas. Faz a percussão e bateria, em algumas delas,
além de se arriscar nos
intrumentos clássicos e na sonoridade eletrônica,
tudo com a ajuda de softwares e teclados virtuais. Um trecho onde a Kim
fala sobre o CD:
"É sussurrado, diferente do que Eu fazia com a banda. São trabalhos independentes! Permito-me essa flexibilidade!
As pessoas precisam conhecer outro lado do músico, aliás, conhecer todos os lados! No meu caso, são vários!
Com a banda, Eu tinha outra estrutura. Era coisa
grande, forte, uma junção de personalidades! Todos tinhamos a liberdade
de criar, então, as canções ficavam bem ecléticas, com 'o dedinho' de
cada um de nós! Neste caso, sou só Eu!
Fazendo do meu jeito, com os poucos recursos que tenho. Porém, da forma que sempre quis!
Sussurrado! Baixinho, pra se ouvir em dias de chuva!
Antes, era pra se dançar a noite toda! Isso não morreu em mim, mas não é
o que tenho feito agora, e não é apenas isso que SOU.
São faixas INÉDITAS, desconhecidas da galera! É um projeto EXPERIMENTAL, onde tem mais
ALMA, do que técnica! Tem mais CORAÇÃO, do que preocupação com acordes perfeitos e arranjos meticulosos..."
Pra quem procura novidade, letras inteligentes e
sinceras, Kim Walachai é um novo refúgio, e deixa em aberto o espaço
para novas poesias e novos
recomeços!
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